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Mercado em expansão para síndicos externos

A demanda por síndicos externos, conhecidos popularmente como profissionais, está crescendo no Estado. De acordo com dados da Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais (Abrassp), 21,8 mil pessoas integram essa classe no País, sendo mais de 1,3 mil em Minas Gerais. Esse profissional está presente em 25% dos condomínios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, conforme levantamento da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato da Habitação de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG).


O proprietário da Agis Gestão Condominial , Felipe Camilo, confirma que a busca pelos serviços desse profissional está crescendo no mercado, em especial, no pós-pandemia. "A tendência é de crescimento", conta o empresário, que atua no mercado de Belo Horizonte desde 2010.


Para o vice-presidente da área das Administradoras de Condomínios da CMI/Secovi-MG, Leonardo Mota, vários fatores contribuem para o aumento da procura por esse serviço, entre eles, mudanças na legislação e até mesmo no formato dos empreendimentos levaram a uma renovação do perfil do síndico.


Ele explica que, atualmente, a função exige, além da capacidade de intermediar conflitos, conhecimentos nas áreas contábeis, administrativas, leis trabalhistas e Código Civil. "Há uma procura do mercado por esse novo especialista. A função exige alguém com amplo conhecimento técnico do que é a gestão condominial", observa. O profissional recebe, em média, de um a três salários mínimos.


De acordo com Mota, o trabalho demanda capacitação e está obsoleto o síndico que, antes, apenas cumpria funções burocráticas. "As pessoas já não querem ir para a casa e cuidar das questões condominiais, que são complexas, desgastantes, absolutamente técnicas e que envolvem uma alta responsabilidade pelo patrimônio das pessoas. A atuação exige expertise em gestão de conflitos, gestão de pessoas e negociação, entre outras. Dificilmente o morador de um prédio quer assumir essa função", analisa.


Ele explica que, embora a função não seja uma profissão regulamentada, o síndico externo - aquele que não é morador do condomínio - pode ser eleito em assembleia. Cabe, então, ao conselho dar o direcionamento das demandas do condomínio ao profissional, por meio de um contrato de prestação de serviços, podendo inclusive, caso aprovado em assembleia, efetivar o distrato. "Um síndico profissional com nível de conhecimento elevado em relação às suas atribuições e responsabilidades pode melhorar e facilitar a gestão e a organização do condomínio", destaca.


Mota conta que há treinamentos que capacitam profissionais para atuar no cargo, como é o caso do Curso de Qualificação para Síndicos, lançado em 2019 pela Universidade Corporativa Secovi (UniSecovi) , da CMI/Secovi-MG, que é dividido em módulos. A entidade também representa a categoria no mercado. "A qualificação e a experiência são fundamentais para esse representante", frisa.


Mercado em expansão para síndicos externos, Diário do Comércio Online. 06 de set. de 2023. Disponível em:  . Acesso em 10 de set. de 2023. 

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